“Vá depressa à grande cidade de Nínive e pregue contra ela, porque a sua maldade subiu até a minha presença”. Mas Jonas fugiu da presença do Senhor, dirigindo-se para Társis. Desceu à cidade de Jope, onde encontrou um navio que se destinava àquele porto. Depois de pagar a passagem, embarcou para Társis, para fugir do Senhor. Jonas 1:2-3NVI
Deus pede a Jonas para ele ir até Nínive e pregar contra ela a mensagem que Ele daria. A última coisa que um Israelita gostaria de fazer era pregar naquele lugar. Nínive era a capital da Assíria. Sabemos que este grande império era fortíssimo, dono de um terrível poderio militar. As muralhas que cercavam Nínive chegavam a trinta metros de altura e sua largura daria para alinhar três carros lado a lado, ou seja, as muralhas eram quase intransponíveis. Sabemos também que Assíria e Nínive eram sinônimos de maldade, corrupção, luxúria, paganismo, autossuficiência e impiedade. Além de o lugar ser um covil de "monstros", ainda por cima, distava cerca de mil quilômetros de onde Jonas estava. Amados, naquele tempo não tinha avião, jatinho, ônibus, carro, e muito menos Titanic. Jonas levaria cerca de três meses de viagem para chegar lá, eu já morreria no caminho. Eu não sei quanto a você, mas eu diria: Deus, tu tá de brincadeira? Quer que eu percorra mil quilômetros para pregar para um bando de marginais desumanos? Isso é alguma piada? Jonas, não era tão engraçadinho quanto eu, mas com certeza era mais fujão, pois na cara dura ele não apenas desobedece, como também vai para outra região, o final vocês já sabem, porão do navio, fundo do mar, três dias na barriga do peixe e vomitado na praia. Já imaginou a cara dele limpando a areia dos olhos e ouvindo aquela voz fofa de Deus dizendo outra vez: vá e pregue a Nínive... Só a graça do
cordeiro.
Pensar que Deus poderia desejar salvar um povo desses seria o mesmo que dizer, atualmente, que Deus queira salvar pedófilos, ladrões, assassinos, estupradores e por aí vai. E sim, Deus queria salvar aquela gente, tanto quanto quer salvar hoje.
Amados, a misericórdia de Deus não é apenas para quem nós julgamos aceitáveis. Deus que salvar o pior homem da terra, o mais cruel, o mais sanguinário de todos. Esse é o nosso Deus. Não seja você um limitador das misericórdias do Senhor. Jonas estava indignado por Deus exercer misericórdia com um povo do qual ele, Jonas, julgava indigno, e olhando pela ótica humana, era realmente um povo inescrupuloso, mas sim, Deus queria salvá-los, e naquele momento, naquele tempo, a capital inteira se arrependeu e eles foram poupados.
Deus não faz acepção de pessoas, a graça e a misericórdia são estendidas a todas as pessoas, mesmo àquelas que achamos um absurdo. Não cabe a nós esse julgamento. Cabe a nós orarmos e deixar Deus nos usar, seja onde for e para quem for.
Não limite as misericórdias de Deus.
Carina Ramos - Ministério Vida