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Foto do escritorministeriovidacwb

Igreja ou reality show gospel?




Infelizmente, não dá mais para diferenciar a igreja física de um reality show. Quando penso em igreja, imagino um grupo de pessoas louvando ao Senhor, orando e aprendendo a Palavra de Deus. Mas isso está bem longe do que temos hoje. Vamos à igreja e o que encontramos são luzes, câmeras e ação. Pessoas ficam expostas às lentes curiosas dos fotógrafos gospel, e, quando menos se dão conta, suas faces estão estampadas nas redes sociais, sem qualquer aviso. Não há mais respeito, não há mais reverência; tudo gira em torno da visualização. Não temos mais liberdade de cair de joelhos aos pés do Senhor e chorar em Seus braços, ao menos não na igreja física, pois esse momento íntimo pode ser estampado nas mídias sociais no dia seguinte. E o mais engraçado é que muitos “cristãos” gostam dessa exposição, e, quando percebem a aproximação da câmera, fazem as mais piedosas caras cristãs possíveis, tudo para sair bem na foto. As luzes piscando são tantas que, certa vez, eu não sabia se passava em frente a uma igreja ou a uma boate. E a Palavra? Ah, a Palavra é a mais interessante: um versículo isolado e mil histórias da carochinha. Não há mais confronto e, muito menos, aprendizado genuíno. Algumas igrejas gostam de passar o tempo rodando na presença de Deus; já outras gastam tempo com danças e teatros. Existem aquelas que têm louvores que mais parecem marchas fúnebres, e outras são músicas que exaltam o homem. E o louvor genuíno? Não sabemos onde foi parar. Parece um texto crítico para você? Não, essa é a realidade da igreja no século XXI.


Neste reality show gospel, a Palavra não tem mais prioridade. Existem pessoas que nunca ouviram nada sobre o novo nascimento, outras que nunca ouviram que temos que renovar a mente pela Palavra e outras que não fazem ideia das diferenças entre a Nova Aliança e a Antiga Aliança. Afinal de contas, o que se ensina nas igrejas? A Bíblia deixou de ser interessante para muitos pregadores, e a modéstia deixou de ser o padrão para as mulheres. Os cílios postiços estão competindo em tamanho com as unhas, mas o conhecimento da Palavra nem chega perto do tamanho das unhas. Não conhecem a Palavra, mas sabem tudo que se passa no mundo das novelas, séries e filmes. Conhecem bem a moda e se envolvem com toda tendência secular. Ouvem músicas mundanas, assistem a tudo e passam horas de vídeo em vídeo no celular. Mas não há tempo para o estudo da Palavra. 


E essa é a igreja do século XXI, uma igreja que acha que está bem, que está triunfante, que tem tudo, mas que é pobre, cega e está nua. Uma igreja que acha lindo o ecumenismo, a tolerância e, com isso, está preparando o caminho para o anticristo. Uma igreja que está às portas da apostasia e nem se dá conta de que deixou de ter Jesus como centro da vida. Uma igreja que investe em cursos de Teologia, cursos que não mudam a vida nem o caráter daqueles que os fazem. Diplomas, títulos, status. Uma igreja que dá mais importância ao que a ciência diz, a psicanálise, a psicologia, os coachs e por aí vai. E viva o caos dos últimos tempos. 


Minha oração é que Deus desperte um povo disposto a ir contra toda essa metodologia eclesiástica corrompida. Jesus está voltando e não há mais tempo para brincar de ser cristão.


Carina Ramos - Ministério Vida


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